O que é Osteopatia?
O conceito osteopático ou medicina osteopática foram criados, em 1974, pelo americano Andrew Taylor Still, médico do Missouri (EUA). O conceito osteopático é centrado no paciente, usando princípios focados na saúde, que incluem técnicas manuais de diagnóstico e tratamento. Still postulou as primeiras leis da Osteopatia, respeitadas até hoje e sobre as quais, todo tratamento deve ser baseado: O ser humano é uma unidade de função dinâmica; O corpo possui mecanismos de autorregulação que são por natureza de autocura; Estrutura e função estão relacionadas em todos os níveis; Para um funcionamento adequado todas as estruturas vasculares e nervosas devem estar livres no seu trajeto.
William Garner Sutherland, D.O. (1873–1954), aluno de Still, começou a pensar na aplicação desses conceitos no campo do crânio ao observar um esfenoide num crânio expandido. Apesar dos livros de anatomia descreverem as suturas cranianas como imóveis, Sutherland foi incansável em seus estudos. Ele chegou a desenvolver uma capacete no qual fazia pressões em diferentes áreas do crânio e anotava as reações, que ele próprio apresentava. Dessa forma, desenvolveu a Osteopatia para outro nível. A partir disso foi possível raciocinar problemas de ordem craniana como processos primários para vários problemas viscerais e musculoesqueléticos.
Vários expoentes da osteopatia seguiram os conceitos de Sutherland, entre eles, Magoun, Becker e Fulford, mas foram os estudos da Pediatra e da osteopata sul- africana Beryl Arbuckle, que começaram a introduzir o conceito na pediatria. Depois dela, Viola M. Frymann, DO (1921 – 2016), também aluna de Sutherland, desenvolveu a Osteopatia Pediátrica, ela é considerada a mãe da Osteopatia Pediátrica. Publicou em em 1981 o primeiro artigo sugerindo que crianças poderiam se beneficiar da Osteopatia, e em 1982, criou a OCC – Osteopathic Center for Crildren, nos EUA. Desde então muitos nomes têm contribuído para o desenvolvimento da osteopatia pediátrica no mundo.
Andrew Taylor Still
Ao longo dos anos a Osteopatia desenvolveu-se como uma ciência e não deve ser confundida com algo místico ou sobrenatural. É reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como prática para recuperação e manutenção da saúde. No Brasil é reconhecida como especialidade da Fisioterapia, através da Resolução do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) nº 220/2001.
Dentro deste contexto, a OsteoKids quer contribuir com esse aumento de evidências acerca da Osteopatia Pediátrica, capacitando profissionais para o atendimento de bebês e crianças, além de incentivar a pesquisa nesta área.
Dr. Viola Frymann, Founder of Osteopathy’s Promise to Children and Osteopathy Center for Children (PRNewsFoto/Osteopathy’s Promise to Children)
A Osteopatia Pediátrica foi oficialmente criada em 1982, nos Estados Unidos, pela médica Viola M. Frymann, DO, FAAO, FCA (18 de julho de 1921 – 23 de janeiro de 2016). Ela é reconhecida mundialmente por suas pesquisas, estudo e prática dentro da osteopatia. Estudou e publicou livros de osteopatia craniana com William Garner Sutherland, D.O. (1873–1954), considerado o pai da Osteopatia Craniana por ter sido o primeiro osteopata a desenvolver abordagens sobre o crânio.
Viola fundou em 1982 a OCC – Oteopathy Center for Children, primeiro centro de atendimento e pesquisa na área da Osteopatia com foco exclusivo em pediatria.
No Brasil, a Osteopatia é ainda mais recente e poucos profissionais dedicam-se exclusivamente a esta área. Diante deste cenário, com o propósito de desenvolvê-la e aumentar as bases de evidência científica que a OsteoKids se estruturou pra fazer parte disso.